Ações consideradas autoritárias tornam Detran alvo de deputados e deixam governo fragilizado

FOGO CRUZADO 

O governador Marcos Rocha( União Brasil) nem bem se livrou dos problemas com a Segurança Pública e já vive um novo tormento. Ao explicar o que fez para combater a bandidagem, aproveitou para reclamar de políticos, que na visão dele pouco estariam  fazendo para ajudar o Estado.

SEGURANÇA

Em entrevista para o jornalista Everton Leone, SIC TV, Rocha disse que mesmo de férias, acompanhou a  crise enfrentada pela segurança. Enfatizou que tem político sovina que nunca mandou uma emenda para o estado.

OPORTUNISTAS

Seriam oportunistas de plantão, que aproveitam um momento de fragilidade do governo para tentar chamar a atenção e até mesmo enganar a população.

AUXÍLIO

O Governador mandou os políticos aproveitadores ajudarem, em vez de usarem a segurança para fazer politicagem.

RESPOSTA

A entrevista repercutiu negativamente na Assembleia Legislativa, que respondeu às insinuações de Rocha dando um basta na “farra” que estaria acontecendo no Detran, comandado por Sandro Rocha, irmão do governador. 

ABUSADO

Segundo alguns deputados, Sandro Rocha estaria administrando o departamento de trânsito de maneira independente, sem necessidade de prestar contas de suas ações.

SOBERANO

“Ele faz convênios questionáveis com municípios e ordena despesas como se o dinheiro fosse dele. Acha que pode “pintar e bordar” sem dar ciência ao parlamento. Além disso, já gastou uma fortuna em diárias de viagens”, me disse um deputado, que inclusive é da base aliada do governo.

EMENDAS

Por conta disso, os deputados já sabem que o governador Marcos Rocha  deverá vetar emendas apresentadas por deputados ao Orçamento, aprovado na última semana.

“MALANDRAGEM”

Durante a votação, o deputado Jean Oliveira, base aliada, teria usado o deputado Rodrigo Camargo (Republicanos), que é oposição, para trazer a  votação de emendas  que tiram poderes do diretor-geral do Detran, Sandro Rocha. 

“MALANDRAGEM 2”

Como Jean  tentou derrubar as emendas na Comissão de Constituição e Justiça e não conseguiu, deu apoio para Camargo pedir a votação separadamente, em mais uma tentativa de ajudar o governo. Camargo nem teria percebido que foi usado como bobo da corte. 

“LIGADOS”

Os deputados mais astutos queriam, no voto, impedir que as emendas fossem apreciadas separadamente.

CAUSA PRÓPRIA

O deputado Nim Barroso (PSD), mesmo ciente de que o orçamento beneficia  Ji-Paraná e a Região Central, seu nicho eleitoral, não concorda em dar cheque em branco para Sandro Rocha.

CAUSA PRÓPRIA 2

O deputado Barroso enfatizou que o parlamento existe para fiscalizar, então é mais do que correto que a Assembleia Legislativa seja informada e autorize recursos quando for o caso.

FAMÍLIA

Além do problema que teria sido criado por seu irmão,  entre Detran e Assembleia, Marcos Rocha tem vivido outro dilema, que aparenta ser muito mais sério do que “segurar” o ímpeto de Imperador de Sandro Rocha.

IMPULSO

Em uma ação já costumeira de falar demasiadamente e sem refletir, nas raras manifestações que faz, Rocha teria dito a jornalistas que vai exonerar o chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves.

TRAIÇÕES

Uma das justificativas, seria a de que na eleição de 2022, Junior teria fechado um acordo de apoio a Marcos Rogério, adversário de Rocha, naquele pleito.

TARTARUGA

Embora não apareça uma viva alma na política que acredite nessa possibilidade, a pergunta no ar é por que Rocha preferiu  hibernar por dois anos para trazer esse assunto à tona. 

“MANO”

Aliás, até nesse eventual desejo de dispensar Junior Gonçalves, existe a suspeita de que tal decisão teria um dedinho de Sandro Rocha, que estaria disposto a “ajudar” o irmão indo para a Casa Civil.

CANDIDATOS

O problema é que para Sandro conseguir a empreitada, existem muitas pedras no caminho. Entre elas os secretários Elias Resende, do D.E.R, e David Inácio, da Sepat.

CANDIDATOS 2

Ambos estão com Rocha desde o início do governo e, pelo que se houve nos corredores do CPA, nunca “engoliram” muito bem a escolha de Junior para a Casa Civil. Eles teriam se sentido preteridos com a decisão do chefe.

INDIGESTO

Mas David e Elias, são café pequeno perto do que pensa o parlamento sobre uma eventual escolha de Sandro Rocha para o comando da Casa Civil.

INDIGESTO 2

Três deputados que conversaram com a coluna, disseram que se isso realmente ocorrer, o irmão do governador não conseguiria cumprir nem os 3 meses de experiência no cargo.