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Coluna Espaço Aberto COLUNA ESPAÇO ABERTO

O prazer da saudade e o saudosismo que mostram o quanto a vida é bela

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.

25/11/2024 07h00
Por: Redação
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DUELO

Semana passada fui em Guajará-Mirim conhecer o Duelo da Fronteira. Uma mistura de folclore e carnaval entre dois bois: Malhadinho e Flor do Campo. Um evento que remete a uma viagem no tempo, com lembranças do passado que não se perdem na sofisticação do futuro. É um momento de regozijo da alegria e preservação da identidade cultural do povo.

DUELO 2

Fantasias e coreografias são embaladas por um enredo. No pequeno espaço de uma Arena, as pessoas se divertem no evento que se consolidou como uma tradição, resgatando e celebrando as heranças culturais indígenas e caboclas, com suas cores, danças, rituais, alegorias e toadas.

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DUELO 3

O grande vencedor do duelo foi o enredo "Boi campeão, faz meu coração azul e branco sorrir”. Os bois, Malhadinho e Flor do Campo, empolgaram a plateia de quase 10 mil pessoas, que prestigiaram o evento. A toada anunciou o Malhadinho como o vencedor do Duelo na Fronteira 2024, que apresentou um show de cores e danças, resgatando histórias regionais.

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DUELO 4

O Malhadinho levou para o bumbódromo o enredo "Tekohá - este chão é nossa essência". O boi contou a lenda da "Mulher-Árvore", que faz a conexão entre a história de uma jovem e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Para representar a personagem, uma alegoria gigante foi exibida na arena.

DUELO 5

O boi azul e branco ainda destacou a importância da Festa do Divino Espírito Santo, uma romaria católica aquática que percorre cidades de Rondônia e da Bolívia. Além disso, celebrou a força das mulheres, com ênfase na lenda das índias guerreiras da Amazônia, e homenageou a liderança de Tereza de Benguela, chefe do Quilombo do Quariterê, no Vale do Guaporé.

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PASSADO

Essa emoção folclórica e carnavalesca da Fronteira me fez voltar no tempo. Eu cresci vendo carnaval de rua e depois, já com idade para ir aos bailes, me divertia nos salões.

PASSADO 2

Quando menor de 14 anos, eu ficava sentado no cordão da calçada acompanhando o desfile de rua por onde passavam os cordões carnavalescos. A abertura sempre era feita pela Corte Real. Um carro conversível trazia o Rei Momo, Rainha e princesas do Carnaval.

FESTEIROS

Atrás deles, uma multidão frenética de pierrôs, colombinas e arlequins, cercados de centenas de músicos que faziam ecoar por todo o bairro seus instrumentos de sopro, ritmados por marchinhas de época, traziam uma alegria contagiante que dominava toda a cidade.

"PRAZER"

Era um Carnaval de folia saudável nas ruas, com muito confete, muita serpentina, que eram vendidos em tendas imensas, com caixas de lança-perfumes de vidro ou de metal, da Rhodia.

"PRAZER 2 "

Os tempos eram tão inocentes, que os jatos de lança-perfumes eram jogados contra os colos e dorsos femininos ou até, numa pequena maldade, contra os olhos dos rapazes, mas não eram utilizados como entorpecentes.

PROIBIÇÃO

Quando a maioria dos jovens da época descobriu a gostosura da aspiração do lança-perfume em lenços umedecidos, logo ele foi proibido em todo o território nacional. Com isso se enfraqueceu o lançamento da serpentina e do confete, e o Carnaval começou a perder uma das principais essências do seu encanto.

"POR DIVERSÃO"

Os grandes cordões carnavalescos eram constituídos de homens vestidos de mulheres. Tinha até um bloco entre meus amigos chamado de "Kikiricas" O humor tinha prevalência sobre a sensualidade – acho que quando se inverteu essa relação o Carnaval perdeu muito da sua espontaneidade.

PERDA DO BRILHO

Eu entendo que a influência carioca derrubou parte da festa popular, tirando o caráter participativo, e a folia deixou de ser abrangente, pertencente a todos que saíam às ruas, para se caracterizar como uma parada musical de fantasias, em que a massa do povo foi ser espectadora quase que passiva nas arquibancadas.

SUCESSO

São raros os locais onde ainda existe, mas infelizmente na década de 80 houve uma visível decadência dos bailes populares e das sociedades, que afetou a maioria dos estados brasileiros. No Nordeste, se consolidou o arrastão atrás do Trio Elétrico, como ocorre em nossa Porto Velho com a Banda do Vai Quem Quer. Fora isso, o carnaval da TV é o que há de opção.

FALSO MORALISMO

Aliás, tudo ficou tão chato e sem graça, quando um grupo sem serventia "inventou" que era preconceito cantar "Olha a Cabeleira do Zezé", "Nega do Cabelo Duro", "Maria Sapatão", entre outras marchinhas de época.

FALSO MORALISMO 2

Diante disso, a brincadeira sem maldade perdeu a graça e o até o Arlequim, que era um palhaço servo e atrapalhado e chorava pelo amor da colombina no meio da multidão, ficou sem sua amada. Foi vencido pela hipocrisia.

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FALSO MORALISMO 3

Que a essência do Duelo da Fronteira permaneça viva pela eternidade e não seja atingida pelo falso discurso moralista, que só serve para alimentar os interesses pessoais de gente estúpida.

ANIVERSÁRIO

O Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região comemora, no próximo dia 28,quinta-feira, 38 anos de instalação com uma programação especial que destaca a história e as inovações tecnológicas que marcaram sua trajetória.

ANIVERSÁRIO 2

A abertura do evento acontece às 8h30, com um ato cívico seguido da aposição da fotografia da desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima na galeria de presidentes, homenageando sua gestão como vice-presidente. Na sequência, será inaugurada a exposição “Justiça e Tecnologia”, um tributo ao papel do TRT-14 na modernização do trabalho jurisdicional em Rondônia e Acre.

ANIVERSÁRIO 3

A exposição reúne linha do tempo tecnológica: evolução do Tribunal desde a criação do Serviço de Informática em 1992 até os sistemas digitais atuais que facilitam o acesso à Justiça. Galeria de fotografias históricas, inovação e eficiência, a exposição estará disponível no Memorial do TRT-14 de 28 de novembro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025, sendo uma oportunidade para a população conhecer a história e os avanços do Tribunal.

HISTÓRIA

Criado em 1986, o Tribunal do Trabalho da 14ª Região iniciou suas atividades com oito juízes e se expandiu para 32 Varas do Trabalho, abrangendo Rondônia e Acre. Reconhecido por seu compromisso com a inclusão, o TRT-14 opera com iniciativas itinerantes para atender comunidades isoladas. Em 1996, ocorreu a transferência para a sede atual que marcou um novo ciclo de modernização e integração.

OUTRA COMEMORAÇÃO

Falando em aniversários, para comemorar os 49 anos de criação, a Polícia Militar do Estado de Rondônia, realiza nesta segunda-feira, 25, solenidade em comemoração ao seu aniversário. A programação prevê apresentação da tropa, celebração ecumênica, hino Céus de Rondônia, leitura da Ordem do Dia, condecorações, entrega de materiais e equipamentos, e desfile a pé e motorizado.

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