PROPAGANDA
Na década de 80, a propaganda de uma marca de shampoo viralizou no mercado brasileiro, tendo como bordão: “Denorex: parece remédio, mas não é”.
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O sucesso foi tanto, que se transformou num jargão popular aplicado nas situações diárias com o formato “Denorex: parece, mas não é”.
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Assim, em todas as situações que remetiam a interpretações equivocadas sobre a originalidade de alguma coisa, utilizava-se a expressão.
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E veja que curioso. Quando isso não é confrontado, pode até dar certo, como aconteceu com Charles Chaplin. Em 1920, foi realizado um concurso para escolher o melhor sósia dele, na figura do seu personagem Carlitos.
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Dezenas de candidatos se inscreveram, inclusive o próprio Carlitos que o fez de forma incógnita. Feita a seleção, por um júri de especialistas, o Carlitos original, o verdadeiro, ficou em 3.º lugar.
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Pela época em que a reportagem sobre o assunto foi divulgada, surgiu a suspeita quanto à veracidade, o que acabou virando um “mito urbano”.
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Verdade ou não, sabemos claramente da existência de cópias que se apresentam, visualmente, mais perfeitas do que as originais, muito embora sejam “Denorex: parece, mas não é”.
CANDIDATOS
Esse exemplo que dei já é uma realidade na campanha em Porto Velho que, oficialmente, nem começou. Não tenho dúvidas de que o Denorex que me refiro é uma estratégia de quem não conhece a realidade da capital e muito menos do candidato que se apresenta.
PERFIL
Ao trabalhar um nome, você precisa analisar o estereótipo de quem você deseja apresentar. Não basta seguir uma cartilha de campanha já conhecida e, a meu ver, desgastada.
IGUAIS
Contar a história de sempre para o eleitor, ignorando o perfil diferenciado de determinado candidato é um risco. E vejam que há duas razões muito claras para isso e que não tem como passarem despercebidas.
PERSONALIDADE
Primeiro que não há como mudar a imagem conhecida de alguém, mesmo insistindo na trajetória de vida simples, pobre, humilde, etc...Até porque são raras as pessoas de sucesso que nunca enfrentaram a fila do pão.
PERSONALIDADE 2
E olha que curioso. Quem já nasceu em “berço esplêndido”, mas carrega em seu DNA o comportamento da simplicidade e benevolência, procura mostrar uma imagem de competência, de que realmente merecia chegar onde chegou, mesmo não tendo enfrentado dificuldades na vida . É meio paradoxal isso, mas é a pura realidade.
PERSONALIDADE 2
A outra razão é que a vida difícil é anterior ao êxito. Me parece meio óbvio que isso serve muito mais como exemplo de família, do que algo que deva ser destacado para o eleitor.
PERSONALIDADE 3
As pessoas avaliam a possibilidade de votar em um gestor que tenha sabedoria ( não é a mesma coisa que inteligência) , seja justo e que possa ajudar toda a sociedade com iniciativas eficientes e até arrojadas.
PRÓXIMO
É aí que entra o título da manchete lá em cima, o Denorex. Não se deve subestimar a capacidade do eleitor, de saber identificar o eventual potencial de competência administrativa de quem quer que seja o candidato.
NARCISISMO
Acho muito temeroso o simples “ vote em mim pois sou gente como você, e lutei bastante para chegar onde cheguei”. Eleitor não liga pra isso não, o peso desse comportamento é ínfimo.
DESCONSTRUÇÃO
Até porque em uma campanha política, sempre há o momento de desconstruir o Denorex. Não adianta dizer que foi ou que é, se existem “elementos” que podem remeter a outros entendimentos.
USUAL
Até mesmo o brega e tradicional discurso piegas de que vou fazer isso, aquilo e aquele outro, que outros prometeram e não fizeram, tem mais valor do que tentar se igualar à personalidade do eleitor, não o sendo verdadeiramente.
JUSTIÇA ELEITORAL
O juiz eleitoral Eliezer Nunes Barros, de Costa Marques, arquivou Representação Por Propaganda Eleitoral Extemporânea em face de Derci Costa Silva, denunciado no Ministério Público Eleitoral por divulgação em grupo de WhatsApp de um vídeo onde se denomina pré-candidato a vereador na data de 16 de abril deste ano.
DENÚNCIA
Segundo o MPE, a mensagem contida na postagem contém pedido explícito de voto em favor do pré-candidato onde aparece sua foto, seu nome e a frase “Vote certo”. “E que as mensagens atingiu (sic) um grande número de membros (Grupo Viola na varanda com 854 membros e grupo A voz do Povo com 473 membros), números estes, com potencial para influenciar na disputa eleitoral uma vez que atingiu mais de 1.200 pessoas”, diz a representação.
SEM IRREGULARIDADE
Ao analisar a representação, o juiz Eliezer entendeu que não houve propaganda eleitoral antecipada. “Isso porque a frase “vote certo”, por si só, não pode ser entendida como pedido explícito de votos”, justificou.
COLETIVO
Para o juiz eleitoral, o termo “vote certo” não quer dizer, necessariamente, que o emissor da mensagem esteja se colocando como a pessoa certa a ser votada. “A referida frase também pode ser entendida como um conselho aos membros do grupo, no sentido de demonstrar a importância do voto e os efeitos positivos ou negativos de seu mau uso”, acrescentou o magistrado.
TRIBUNAL
Caso o MPE resolva questionar a decisão do magistrado local, a ação poderá ser julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral. A representação está registrada na Justiça Eleitoral com número 0600014-59.2024.6.22.0005.
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